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sábado, 16 de outubro de 2010

Histórias de vida dos alunos do método "Aprenda a Organizar um Show"



Participe da 10ª turma do curso "Aprenda a Organizar um Show" que agora já se tornou curso de extensão


Por Alê Barreto


Há poucos dias quando iniciei este novo ambiente virtual, falei que uma das propostas é mostrar os resultados alcançados com esta ação de educação para produção cultural. Pensei naqueles dias em entrar em contato com os ex-alunos para dialogar mais sobre isso. Para minha alegria, na sexta passada,



a Nina, esta menina bonita da foto, entrou em contato super feliz e me disse que iria começar a trabalhar com pessoas muito bacanas em Brasília. Não resisti. Fiz uma entrevista relâmpago, para que mais gente pudesse conhecer rapidamente um olhar muito interessante que ela tem sobre a cultura e sobre a cena cultural em Brasília.



Entrevista com Nina Puglia


Alê Barreto: Nina, conheci você no curso "Aprenda a Organizar um Show" que ministrei aí em Brasília. No curso sempre peço para as pessoas se apresentarem. Fale brevemente seu nome, como gosta de ser chamada, sua idade, formação, se estuda e se está trabalhando.

Meu nome é Nina Puglia e tenho 24 anos. Sou formada em Geografia pela UnB e tenho curso básico completo (o técnico ficou incompleto) de música pela Escola de Música de Brasília. Sou uma quase baixista de formação e uma cantora por amor e vocação.
Atualmente eu estou em um trabalho temporário no IBGE para o CENSO 2010 e trabalhando com produção.



Alê Barreto: Como você começou a se interessar em trabalhar com cultura?

Bem, desde criança eu estou envolvida com música. Meu pai é professor de música e eu comecei a estudar na Escola de Música com 8 anos de idade. Com o tempo, eu fui percebendo que na verdade eu tinha mais vontade de entender como um show acontece e como funciona o mercado da música do que propriamente ser musicista.

Nessa altura eu já estava na UnB. Foi então que pensei em unir os contatos e as experiências vividas na música para pesquisar geograficamente o mercado musical brasiliense. E daí saiu a minha monografia de fim de curso. E das descobertas que fiz nesse trabalho eu fui me envolvendo cada vez mais no assunto. E não parei mais.



Alê Barreto: Você me entregou uma monografia que fez sobre a música, que eu estou devendo ler e comentá-la. Para não ficarmos esperando, fale aí um resumo da ideia.

A ideia de fazer esta pesquisa surgiu de uma indagação muito simples: por que em Brasília, que tem 3 importantes centros de formação de músicos e uma população com altos índices de esolaridade e de poder aquisitivo, o mercado cultural é tão incipiente?

Para chegar a esta resposta eu tive que espacializar (no sentido geográfico da palavra) a cadeia produtiva da música e descobrir em que ponto(s) estava(m) o(s) gargalo(s). Feito isso, eu poderia analisar os possíveis motivos de existirem esses gargalos e apontar um caminho para uma possível solução.

Foi complicado, mas acho que tracei um caminho viável, que pretendo seguir no mestrado.


Alê Barreto: Como foi participar dos cursos "Aprenda a Organizar um Show" e "Aprenda a Produzir uma Banda"? Foi útil para o que você está buscando?

Foi extremamente útil. Teria sido ainda mais se eu tivesse feito os cursos durante o período em que estava escrevendo a monografia. Porque, além de terem um metodologia eficaz e eficiente que dá um ótimo embasamento pra quem quer aprender a mexer com produção, com o que aprendi neles, eu pude entender ainda mais claramente que um dos problemas daqui é a falta de pessoal qualificado. E não estou falando que pra ser produtor cultural é obrigatório ter curso superior ou algo do gênero. É simplesmente ter método e comprometimento, para não fazer as coisas de forma amadora e precária.

De maneira alguma estou dizendo que aqui não tem profissionais competentes. O problema é que eles são muito poucos e, por isso, não são suficientes para fazer a cadeia produtiva da música funcionar com as engrenagens bem azeitadas.



Alê Barreto: Fiquei sabendo que agora você irá trabalhar com a Alê Capone, produtora de Brasília que tenho muita vontade de conhecer, pela qualidade do trabalho desenvolvido. Como está se sentindo em ter uma oportunidade de atuar em produção cultural?

Fiquei MUITO feliz com a oportunidade. A Alê e a Michelle (sócia dela) são pessoas maravilhosas e muito competentes.

Eu as conheci em 2008 quando consegui um contato para trabalhar na equipe de voluntários do Porão do Rock. Lá eu fui aprendendo muitas coisas sobre produção que, depois, quando eu fiz o curso "Aprenda a Organizer um Show", ficaram bem mais claras pra mim e que me ajudaram a melhorar o meu trabalho.

Ter a oportunidade de agora trabalhar de maneira contínua com elas é uma chance de ouro de aprender ainda mais e de poder dar a minha contribuição para dinamizar o mercado cultural brasiliense.




As palavras da Nina mostram que na cultura as coisas estão mudando. E em Brasília, mais ainda!


Um abraço cultural!

Alê Barreto
Produtor Cultural Independente


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* Alê Barreto é administrador, produtor cultural e autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação disponibilizada de forma livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows. Compartilha informações úteis para se trabalhar com método uma ação cultural no blog Produtor Cultural Independente. Oferece serviços diferenciados para empresas, produtores, grupos culturais e artistas e divulga reflexões sobre seu processo de trabalho no blog Alê Barreto. Compartilha impressões sobre o universo de encantadoras mulheres.

21-7627-0690 (Rio de Janeiro)
alebarreto@produtorindependente.com

2 comentários:

  1. Mesmo que ainda não tenha participado (ainda) de seus cursos, tenho acompanhado seu trabalho e isso tem feito uma grande diferença em minha atuação na área de produção.
    Penso que o comprometimento e formação são inalienáveis à função do produtor cultural.

    Parabéns pelo trabalho e compartilhamento de informações tão relevantes através das mídias sociais.

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  2. Grande Canela, valeu!
    O meu maior sonho é que cada vez mais surjam pessoas que tenham a vontade de compartilhar.

    Um grande abraço!
    Alê Barreto

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